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Remuneração Executiva Variável e Gerenciamento de Resultados nas Companhias Brasileiras de Capital Aberto
Thayna Aires Andrade, Thiago Araújo Vieira, Paulo Vitor Souza de Souza

Última alteração: 2019-11-07

Resumo


Este trabalho objetiva analisar se o nível de remuneração executiva variável possui relação com o gerenciamento de resultados das empresas brasileiras de capital aberto. A amostra deste estudo compreende 143 companhias abertas brasileiras listadas na B3, entre os anos de 2010 a 2018. Foi utilizado como proxy de qualidade dos lucros os accruals discricionários (AD) das companhias, apurados através do modelo de Jones Modificado por Dechow, Sloan e Sweeney (1995). Realizaram-se testes de validação para o respectivo modelo e foi utilizado o modelo de regressão com dados em painel com Efeitos Fixos para verificar a relação entre remuneração variável e gerenciamento de resultados contábeis. As variáveis de controle utilizadas foram: Tamanho (TAM), Endividamento (END) e Fluxo de Caixa Operacional (FCO). Os resultados apontam para uma relação negativa e significativa entre a remuneração variável e o nível de gerenciamento de resultados. Os resultados evidenciam que quanto maior a remuneração variável menor o nível de gerenciamento apresentado, significando aumento na qualidade do lucro contábil reportado pelas companhias. Portanto, percebe-se que atualmente os planos de compensação aos executivos têm alinhado os interesses entre principais e agentes, por meio de uma remuneração que reduz o nível de discricionariedade dos resultados.


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