As redes estão situadas no âmago da teoria organizacional, ademais entre os formatos organizacionais, as alianças, parcerias e relações entre organizações têm se constituído em grandes oportunidades de negócios que se viabilizam com base nos novos arranjos interempresariais ou nas chamadas redes (inter)empresariais de cooperação. Está cada vez mais presente a existência de redes ou estruturas policêntricas que abarcam diversos atores, organizações ou módulos vinculados entre si por meio do estabelecimento e manutenção de objetivos comuns e de uma dinâmica gerencial compatível e adequada. Este estudo tem como objetivo revisar a produção científica sobre Redes de Empresas analisando pressupostos concernentes à natureza das ciências sociais nesse tema. Realizou-se uma busca na base de dados Scielo, cujos resultados apontam que mais de 50% dos artigos encontrados sobre o tema foram publicados no Brasil; cerca de 70% dos artigos estão em cinco periódicos (G&P, Produção, RAC, RAE e RAP); a quantidade de publicações em 2006-2007 estava em um patamar superior ao de 2008-2009, mas voltou a crescer em 2010. Verificou-se, ainda, que os pesquisadores privilegiaram as concepções quantitativas de redes; e, por fim, visualizou-se que os estudos trazem, em sua maioria, a marca de uma ontologia realista que se exprime por métodos nomológicos e explicações positivas. Diante disso, as imagens que dominam “redes de empresas” são emprestadas de tradições positivistas, portanto, para equilibrar essa situação, atribui-se importância especial à lacuna existente em técnicas ideográficas, no que tange ao nominalismo e antipositivismo como abordagens ontológica e epistemológica.