FACC/UFRJ, VIII Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2017

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Complexidade e Risco dos Bancos e Conglomerados Financeiros Operantes no Brasil
Carlos André Marinho Vieira, Mariana Câmara Gomes e Silva, Rafaela Rodrigues da Silva, Débora Bezerra Florêncio

Última alteração: 2017-08-25

Resumo


O trabalho tem por objetivo avaliar a influência da complexidade bancária na variabilidade dos resultados e no risco de insolvência de bancos e conglomerados financeiros. Apesar de a complexidade bancária ser tratada como prejudicial para o sistema financeiro, evidências empíricas listam benefícios desta característica, que vão desde a diminuição do risco e da sensibilidade aos choques sistêmicos até o aumento da lucratividade dos bancos. Utilizou-se duas medidas principais para se medir a complexidade, a primeira teve como base a diversificação das fontes de receita e a segunda adicionou a dimensão da natureza incomum destas atividades. A amostra foi subdividida entre bancos e conglomerados operantes no Brasil no período de 1997 a 2015, uma vez que a complexidade pode ter efeitos diferentes nos níveis individual e consolidado das instituições. Os principais resultados sugerem que, no nível individual, a diversificação e complexidade não estão relacionados com a variabilidade dos resultados ou risco de insolvência. Resultados diferentes foram obtidos quando analisados os conglomerados financeiros. Para esta amostra, observou-se que conglomerados que diversificam suas atividades apresentam um menor risco de insolvência. Porém, se esta diversificação se der entre atividades mais incomuns, este risco aumenta. Os demais achados indicam que instituições maiores apresentam menor variabilidade nos seus resultados e menor risco de falência. Ainda, o crescimento das instituições está ligado ainda a uma menor volatilidade dos resultados, mas a um maior risco de falência.

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